Tesão artimanha da razão para nos fazer perder o juízo
Engrandece a matéria, o desejo, a libido
A vontade não sacia o arrepio na espinha
O calor do corpo insano, a pele, encostada por engano.
Palavras sem sentido, vezes ditas ao pé do ouvido
Carecem de recado, cultuam o pecado
Sabor inusitado, quando muito proibido
Vira fato consumado.
Dizem não cobiçaras. À vontade o fará
Perdoe-me o próximo, falo em nome do deleite
O prazer que esquenta a carne faz do outro o enfeite
Sinto-me profana, mais gostosa do que nunca
Entre as pernas uma chama, uma nobre vagabunda
Se me entrego me arrependo, se seguro não agüento
Uma puta em rebeldia, furiosa no momento
Deusa da pornografia
Ao cristão arrependido, preocupado com o pecado
Patético e reprimido um rebanho mal tratado
Deixo aqui a insolente verdade que vos trago
Do desejo sou escrava, antes ele do que deus
Ovelha a qualquer homem. Realizo sonhos meus
De vontade não padeço, do sexo não abro mão
Desejada sem vergonha, corrompida a razão
O corpo aqui escreve inconsciente do meu eu
Grandiosa tentação: Meu tesão pelos ateus.
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